quarta-feira, 26 de setembro de 2012

sponge bob na parede

Prefiro Sponge Bob, ou qualquer bobagem destas, ao trabalho insuportável de Romero Britto. Acho o trabalho deste  o que quer que seja (recuso-me a utilizar o termo artista para ele) ruim, mal executado, óbvio, um pastiche de Liechenstein com Wellington Virgolino, uma coisa indecentemente desestruturada, um verdadeiro atentado ecológico - afinal, aquelas telas foram linho algum dia, aqueles papéis já foram árvores em outros tempos,e tiveram este fim trágico, não mereciam esta indignidade post-mortem.
Minha esperança é que aqueles que compraram "obras" deste autor esperando lucrar com isto no futuro, tenham incomensuráveis prejuízos, por comprar porcaria no lugar de coisa boa. Pelo preço de um trabalho médio desta "descategoria", poderiam comprar coisas como
1)uma excepcional gravura de Ellsworth Kelly
2)uma belíssima foto de Mário Cravo Neto
3)outra belíssima foto grande de Thomas Baccaro
4)umas monotipias de Mira Schendel
5)uma gravura de Andy Warhol...
Pode?

Um comentário:

  1. Não sou profunda conhecedora de arte. Talvez eu tenha uma maneira bem grotesca de examinar uma obra. Paro em frente, olho, olho, olho, observo os contornos, as cores (adoro cores), olho, olho, olho e procuro dentro de mim a sensação que aquilo me provocou.
    É assim que eu aprecio.
    Fiquei curiosa e fui pesquisar o nome citado na net e vi o trabalho. Tentei fazer o mesmo processo, mas não consegui. É difícil olhar coisas obvias pois não te causam nenhuma reação.
    Só consegui lembrar-me de uma música:

    ♪ Meu conceito parece, à primeira vista,
    Um barrococó figurativo neo-expressionista
    Com pitadas de arte nouveau pós-surrealista
    calcado da revalorização da natureza morta ♪♪

    Zeca Baleiro

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